A
ciência enquanto atividade humana que visa organizar e produzir conhecimento
tem um potencial gigantesco no que diz respeito à modificação da realidade,
quer econômica, social ou tecnológica. Dessa forma, o distanciamento das
atividades científicas de setores diversos da sociedade é um mal que deve ser
combatido evitando-se, por conseguinte, a elitização da ciência e seu
isolamento na Academia e fazendo dela uma ferramenta de uso comum na construção
de um país desenvolvido em todos os aspectos.
É
errôneo pensar que ser cientista depende de um grau elevado de instrução ou de
um laboratório de ponta que conte com auxílio das principais agência de fomento
do país. Essa significação criada em torno da ciência e da figura do cientista
(um ser humano de jaleco branco, superior, inteligente e que por vezes parece
viver uma realidade diferente) tem relação com o distanciamento que existe
entre a ciência ensinada na escola, a ciência da Academia e o fazer científico
propriamente dito. Deve-se ter em mente, contudo, que a atitude científica é
fruto da razão humana e, portanto, bem pertencente a todo e qualquer que se
sinta interessado por ela.
Nesse
sentido, faz-se necessária uma reaproximação entre a população e a ciência
através de iniciativas que valorizem o ensino das ciências desde a educação
básica, a partir do desenvolvimento do espírito investigativo e da consciência
de si enquanto ser humano dotado de curiosidade e razão, um cientista por
natureza. A academia deve se mostrar aberta a receber e acolher jovens
pesquisadores que desejem fazer parte desse universo, se unindo a instituições
de ensino em diversos níveis. Além disso, é fundamental a realização de
atividades voltadas para a comunidade em geral e a facilitação do acesso à
informação científica no intuito de familiarizar a população com os produtos e
métodos dessa realidade. Só assim será garantido o futuro do Brasil já que o
conhecimento é o ponto de partida para qualquer mudança que se intente fazer.
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